Quem era a mulher morta pelo namorado que simulou acidente para esconder o crime em MG

  • 16/12/2025
(Foto: Reprodução)
Vídeo revela vítima imóvel antes de batida; amigos relatam agressões Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, foi morta pelo namorado, o empresário Alison de Araújo Mesquita, de 43 anos, que confessou à Polícia Civil ter cometido o crime e simulado um acidente na rodovia MG-050, em Itaúna (MG), para tentar encobrir o crime. Ele foi detido no velório da vítima e segue preso. Henay era personal shopper e natural de Divinópolis, onde foi enterrada. Segundo um amigo dela, que preferiu não se identificar, ela e Alison estavam namorando há cerca de um ano e moravam juntos há sete meses em Divinópolis. Ainda de acordo com o amigo, Henay já havia sido agredida anteriormente pelo namorado. “Tem mais ou menos um ano que ela conhecia ele e uns sete meses que eles estavam morando juntos. Nesse tempo, ele já vinha agredindo ela, batendo nela, machucando a cabeça dela, a ponto de ela ter que ir para o hospital. Ela já me mandou foto dela machucada, vídeo dele quebrando as coisas, prints”, contou. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste no WhatsApp Inicialmente, a morte de Henay foi registrada como um acidente de trânsito na MG-050, em Itaúna (MG). Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), ela estava no banco do motorista e o namorado no do passageiro quando o carro do casal invadiu a contramão e bateu em um micro-ônibus. A investigação mudou de rumo após a análise de imagens de um pedágio, que indicaram que Henay já estava desacordada antes da colisão. A partir desses elementos, a Polícia Civil passou a tratar o caso como feminicídio. A defesa de Alison afirmou que ele "irá colaborar integralmente com todas as investigações conduzidas pelas autoridades". Veja a nota completa mais abaixo. A seguir, veja os principais pontos que levaram a polícia a reavaliar o caso. O vídeo do pedágio Vídeo leva Polícia Civil a investigar se acidente que matou mulher na MG-050 foi simulado Conforme o Boletim de Ocorrência ao qual o g1 teve acesso, um dos primeiros elementos que chamaram a atenção da Polícia Civil foi o vídeo registrado em uma praça de pedágio em Itaúna, às 5h56, poucos minutos antes do acidente. As imagens mostram Henay sentada no banco do motorista, sem reagir, enquanto o namorado estava no banco do passageiro. No vídeo, ele aparece pagando a tarifa e esticando o corpo para alcançar o volante, conduzindo o carro de forma improvisada. A situação chamou a atenção da atendente do pedágio, que questionou se estava tudo bem. Segundo a polícia, Alison afirmou que a namorada estava passando mal. A funcionária sugeriu parar o carro para atendimento; ele chegou a indicar que faria isso, mas seguiu viagem. Cerca de nove minutos depois, o carro invadiu a contramão em uma curva, no km 90 da MG-050, e bateu de frente com um micro-ônibus de turismo. A morte de Henay foi constatada ainda no local. O suspeito aparece controlando o volante enquanto a vítima está desacordada no banco do motorista Redes sociais/reprodução Contradições entre o acidente e as lesões da vítima Além do vídeo, a Polícia Civil identificou contradições entre a dinâmica do acidente e as lesões apresentadas por Henay. De acordo com a apuração, os ferimentos observados no corpo da vítima não seriam compatíveis apenas com o impacto da colisão. Investigadores passaram a considerar a possibilidade de que Henay já estivesse inconsciente antes da batida, o que colocaria em dúvida a versão de que a morte teria sido causada exclusivamente pelo acidente de trânsito. Essas inconsistências levaram a polícia a aprofundar a análise do caso e a solicitar novos exames periciais. Relatos e comportamento do suspeito após o acidente Durante a apuração inicial, a Polícia Civil também colheu relatos de outras pessoas que reforçaram as suspeitas. Segundo esses relatos, o comportamento de Alison após o acidente chamou a atenção dos investigadores. Entre os pontos observados estão arranhões no rosto, suor excessivo e a troca de roupas nas horas seguintes ao acidente. Esses elementos passaram a integrar o conjunto de indícios analisados pela polícia. Além disso, durante o velório, foram observadas marcas no corpo da vítima consideradas compatíveis com possíveis agressões anteriores ao acidente, o que reforçou a necessidade de aprofundar a investigação. Histórico de violência e novos elementos A investigação também passou a considerar mensagens, fotografias e registros de atendimentos médicos que indicariam um possível histórico de violência doméstica. Para os investigadores, esse contexto ajudou a explicar os indícios levantados e a reforçar a suspeita de que a morte de Henay poderia não ter sido um evento isolado. Infográfico mostra o trajeto do carro, o local do acidente na MG-050, em Itaúna, e o pedágio onde câmeras flagraram a vítima inconsciente antes da colisão Arte g1 LEIA TAMBÉM: Entenda em 6 pontos a briga em confraternização em que funcionário matou o patrão e acabou absolvido Técnica de enfermagem demitida de policlínica municipal admitiu que imprimiu contratos do próprio buffet durante o expediente Vídeo mostra jovem sendo esfaqueada até a morte pelo ex-namorado na porta de casa Nova perícia e adiamento do sepultamento Diante do conjunto de elementos reunidos — vídeo, contradições periciais e relatos — a Polícia Civil solicitou uma nova perícia no corpo da vítima. O sepultamento chegou a ser adiado para a realização de exames complementares. Peritos também analisaram imagens do acidente e indicaram, de forma preliminar, que seria improvável que a colisão, por si só, tivesse causado a morte. A partir disso, o caso passou a ser tratado oficialmente sob a ótica de possível homicídio, com indícios de feminicídio. Prisão durante o velório Com o avanço das buscas e para preservar a investigação, Alison foi preso durante o velório da namorada, em Divinópolis. Segundo a polícia, ele não reagiu no momento da abordagem e negou o crime. Os celulares da vítima e do investigado foram apreendidos e encaminhados para análise pericial. A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo de necropsia e a conclusão das oitivas para avançar no inquérito. O que diz a defesa de Alison Em nota, a defesa de Alison, representada pelo advogado Michael Guilhermino, informou que o investigado irá colaborar integralmente com as investigações. O advogado afirmou que Alison não reconhece como verdadeiras as acusações que lhe são atribuídas. A defesa disse ainda que aguarda a conclusão das oitivas e o resultado do laudo de necropsia para, no momento oportuno, apresentar esclarecimentos à Justiça e sustentar que a morte de Henay decorreu de um trágico acidente de trânsito. Henay Rosa Gonçalves Amorim teria morido após batida na MG-050, em Itaúna; vídeo de pedágio embasa investigação da Polícia Civil sobre possível feminicídio g1 VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2025/12/16/quem-era-a-mulher-morta-pelo-namorado-que-simulou-acidente-para-esconder-o-crime-em-mg.ghtml


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